sexta-feira, 30 de outubro de 2009




Olho nascente à beira do chão,
húmido de penugens, de uma pureza de dedo, de um sono lúcido sobre o solo,
numa manhã de claridade ao rés de tudo.

Contra a parede um corpo.
Um corpo vivo na semiobscuridade bafejada por um vento anónimo de portal. A glória
de um entendimento de acaso sob todos os ventos, sob todos os ventos.
A brasa viva.


... ...


Birth of an eye by the soil

Moist of fluff, of a purity of finger, of a lucid sleep over the ground,

in a bright Morning that grounds everything.



Against the wall a body.

An alive body in semi-darkness suffused with an anonymous gateway wind. The glory

of a venture understanding under all winds, from all winds.

The burning coal.






Poema de António Ramos Rosa
(homemade translation to English)

Perdoe-me António Ramos Rosa. Sei que é uma tarefa delicada traduzir poesia. 

Tento traduzir para partilhar, com amigos que não falam Português, a sua Poesia.


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