"Chuva em floresta de carvalhos"
pintura por Ivan Shishkin, 1891
"As florestas ocupam cerca de 27% do território continental português, sendo maioritariamente constituídas por pinheiro bravo (29%), sobreiro (21%) e eucalipto (20%) (MADRP, 2006). Estas três espécies são exploradas comercialmente, devendo ter sido esse o principal motivo para o aumento da sua área nos últimos anos (Proença et al., 2006).
As espécies autóctones estão mais adaptadas às condições edafo-climáticas do território, sendo mais resistentes a pragas, doenças e a períodos longos de estio ou chuvas intensas, em comparação com as espécies introduzidas.
Diversa legislação nacional e comunitária tem vindo a reconhecer a importância da preservação das florestas autóctones (nomeadamente sobreiros, carvalhos, freixos e amieiros) face ao seu valor conservacionista para a manutenção da fertilidade do espaço rural, do equilíbrio biológico das paisagens e da diversidade dos recursos genéticos, tal como o Decreto Regulamentar n.º 55/81, de 18 de Dezembro, a Lei de Bases do Ambiente, as Boas Práticas Florestais (DGRF) e a Directiva Habitats.
Os Sobreiros e Azinheiras, que representam no seu conjunto cerca de 37% da área florestal portuguesa, estão protegidos pelo D.L. n.º 169/2001 de 25 de Maio, alterado pelo D.L. n.º 155/2004, de 30 de Junho."
in http://www.confagri.pt/Ambiente/AreasTematicas/Pages/BiodFlorestAutoc.aspx
algumas das árvores mais frequentes da floresta portuguesa:
Os vales do Minho estão cobertos de bosques de carvalhos contínuos. Em seguida surge a região dos bosques de castanheiros, os verdadeiros bosques deste país, cujas árvores se tocam pela folhagem. Ornam as encostas da Serra do Marão, da Serra da Estrela, na direcção do Fundão, da Serra de Portalegre e de Monchique. No sopé das grandes montanhas encontram-se os pomares, onde a cultura dos frutos é sinal de região fria. Mais abaixo surgem a árvore da cortiça, o carrasco, o pinheiro-marítimo, em seguida o limoeiro e finalmente a laranjeira. A oliveira está ainda mais espalhada, encontra-se perto dos vidoeiros do Gerês e ao lado das laranjeiras, perto de Lisboa.»
Essai Statistique de Balbi (1822), baseado nas viagens de Hoffmansegg e Link
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